Com a ajuda da Timber, os irmãos Eliezer e Emanuel conseguiram fazer o cabeçote fora de linha rodar, única máquina que tinham. Depois disto, a empresa decolou na prestação de serviço para colheita florestal em áreas acidentadas

Sabe quando você está com um baita problemão tão grande que parece não ter solução. Mas vem aquela mão amiga que vira o jogo? Este pode ser um resumo de parte da história dos irmãos Eliezer e Emanuel Razoto da Silva, sócios da Renistela Serviços Florestais. Para mecanizar a produção eles adquiriram um cabeçote harvester usado, que no início só dava problema. Bateram em algumas portas. Finalmente, encontram ajuda em uma visita à sede da Rodoparaná/Timber em Curitiba (PR), que fez toda diferença. A partir disto, a empresa cresceu e se destacou na colheita e transporte de madeira em áreas declivosas no interior do Paraná.  

Eliezer era motorista de caminhão. Mas depois de sofrer um assalto durante uma viagem, decidiu que era hora de mudar de profissão. Mas o transporte era o que ele sabia fazer, por isto permaneceu na atividade. Comprou um caminhão para fazer fretes mais curtos. Ao lado do irmão Emanuel, iniciaram o negócio de compra e venda de madeira. Assim, nascia a Renistela Serviços Florestais.

Eles mesmos administravam a colheita florestal, mas com maquinário rudimentar e em terrenos acidentados, na região de Tunas do Paraná. Com muito esforço, que contou com apoio de toda a família as oportunidades começaram a aparecer e eles não desperdiçaram. “Em 2009, compramos uma máquina velha (escavadeira com cabeçote harvester), que já estava até desativada”, recorda Eliezer. “Mas não entendíamos nada de máquina, era um mundo novo”, admite.  

Mas a alegria da conquista durou pouco. “A máquina só incomodava.” Sem saber para onde correr, os irmãos decidiram bater na porta de empresas que comercializavam equipamentos florestais, já que aquela a marca do cabeçote que tinha adquirido tinha saído de linha. “Fomos numa empresa, mas eles esnobaram a gente, afinal além do nosso cabeçote só havia mais um rodando no Brasil, o resto tinha sido desativado”, explica Eliezer.

Sem informação sobre o equipamento, nem peça de reposição disponível do mercado, a situação não aprecia ter solução. Mas se a máquina não voltasse a funcionar, a empresa dos dois irmãos corria sérios riscos. “Vamos na Rodoparaná/Timber”, falou Eliezer. O primeiro contato que fizeram durante a visita foi com Reginaldo Murer, especialista de produto na Timber.

“Ele entendeu nossa situação e nos levou para o Jober (Fonseca, diretor da Timber)”, recorda. “Ele fez tudo que podia por nós, pegou peças e entregou para nós e ainda deu aula!” Com a força extra eles tocaram a operação até 2015 com o mesmo equipamento. Agora, com mais experiência chegava a hora de dar o próximo passo no processo de mecanização. “Fomos direto na Rodoparaná/Timber.” Atualmente, a empresa conta com um forwarder e dois harvesters de esteira Sany 215F, além de outros equipamentos.  

Colheita florestal mecanizada em áreas dobradas

A Renistela se criou na colheita florestal em áreas difíceis. A região de Tunas do Paraná é conhecida pelos vales, morros e declives. É neste ambiente que a empresa avança, fazendo da eficiência a grande arma para tornar o negócio viável. “Assumimos desde o início da operação, construção de estradas florestais, colheita e entrega da madeira na fábrica”, detalha Emanuel.

Atualmente, a empresa possui um misto de trabalho com da operação semimecanizada e totalmente mecanizada, devido às condições do terreno. “No mecanizado, utilizamos harvester, forwarder e um skidder para apoio”, explica Emanuel.

A produção da operação fica em torno de 10 mil toneladas de madeira ao mês.  Para ampliar este número, a empresa mira no aumento da mecanização. “O trabalho semimecanizado é muito amis custoso, por isto a ideia é equilibrar”, aponta o sócio da Renistela. Por isto, está nos planos a aquisição de um harvester Ponsse Cobra.